segunda-feira, 29 de junho de 2009

História da Música

A música é sem dúvida um dom do ser humano. Ela esteve (e está) presente em todas as culturas ao longo da história, expressando sentimentos, unindo grupos e sociedades, revelando de forma objetiva, leis universais e espirituais. Fazer música parece ser algo indissociável da condição de ser humano, algo a que todos aspiramos e sentimos uma grande satisfação quando realizamos.

Na sociedade atual, infelizmente, poucos tem tido acesso a um desenvolvimento musical. A música foi por várias décadas banida dos currículos oficiais e raptada do dia a dia das pessoas, para se tornar um artigo de luxo em mega shows e performances de virtuoses. O resultado disso é que um grande número de pessoas se sente impossibilitado de vivenciar de forma plena, como sujeito, todo o prazer e transcendência que a música pode oferecer, mesmo nas suas manifestações mais simples e singelas.

50: Elvis começa o sucesso mundial.

60: Nos anos sessenta os Beatles lançaram o grande álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", que foi um grande sucesso de críticas e de vendas. Os anos sessenta teve a penetração do rock, com isso a música romântica passou a ser qualificada como cafona, principalmente pela juventude da época.

70: Os anos setenta foram palco para vários cantores ditos populares. Em 1977, Billy Joel lançou o álbum "The Stranger", que tinha a música "Just The Way You Are", um dos maiores sucessos da década, ganhando inclusive o Grammy de melhor canção.

80: Nos anos 80 uma das músicas da época de maior sucesso foi "That´s What Friends Are For", gravada por Dionne Warwick em parceria com Gladys Knight, Stevie Wonder e Elton John.
O pop tem começado no fim dos anos 80.

90: O pop retorna com força com Spice Girls e Backstreet Boys .O último gênero de rock a se tornar moda nos 90 foi o metal que misturava rock, rap e música eletrônica. Os maiores grupos foram Korn e Limp Bizkit.

XXI: No século XXI, a música tomou um rumo bem diferente dos séculos passados. Surgiram músicas bem diferentes, que algumas no início tiveram preconceitos, como o rap, o funk, o pagode, o psy trance, etc. Esses estilos tiveram mudanças não só na música, mas também no visual dos jovens de hoje em dia.

Tempo e cultura
pode dar nisso

Assunto: ENC: Música através dos tempos
Para os românticos, realmente.
Bons tempos...
como viverão nossos filhos em 2020 ?

Anos 10 - Ele de terno, colete e cravo na lapela, embaixo da janela dela,
canta :
"Tão longe, de mim distante, onde irá, onde irá teu pensamento? Quisera
saber agora se esqueceste, se esqueceste o juramento.Quem sabe se és
constante, se ainda é meu teu pensamento e minh'alma toda de fora, da
saudade, agro tormento!"

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Anos 20 - Ele de terno branco e chapéu de palha, embaixo do sobrado em
que ela mora, canta:
"Ó linda imagem, de mulher que me seduz! Ah, se eu pudesse tu estarias
num altar! És a rainha dos meus sonhos és a luz, és malandrinha, não
precisas trabalhar."

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Anos 30 - Ele de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela
mora, canta :
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus
esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor de mais ativo olor,
que na vida és preferida pelo beija-flor"

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Anos 40 - Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira, escreve para a
Rádio Nacional e manda oferecer a ela uma linda música :
" A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua, costuma se embriagar.
Nos seus olhos eu suponho, que o sol num dourado sonho, vai claridade
buscar"

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Anos 50 - Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de
uma bela bossa:
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que vem
e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Moça do corpo dourado, do
sol de Ipanema.O teu balançado é mais que um poema. É a coisa mais linda
que eu já vi passar."

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Anos 60 - Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,
ajeita a calça lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"... Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é
maior que o meu amor nem mais bonito, me desespero a procurar alguma
forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você."

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Anos 70 - Ele chega em seu fusca, com tala larga, sacode o cabelão, abre a
porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
" Foi assim, como ver o mar. A primeira vez que os meus olhos, se viram
no teu olhar, quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e
vinha pra ficar... "

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Anos 80 - Ele telefona pra ela e deixa rolar um som :
"Fonte de mel, num olhos de gueixa, Kabuk, máscara. Choque entre o azul
e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol."

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Anos 90 - Ele liga pra ela e deixa gravada uma música, na secretária
eletrônica :
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz, mas já não há
caminhos pra voltar. E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a
gente não faz por amor? "

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Ano 2001 - Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por
e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar
muita pressão! Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te
cortar na mão! Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim!"

Bons tempos aqueles.....
Bons mesmos!!!
ORIGENS DA MPB
Quando os portugueses embarcaram aqui, já encontraram os índios e sua música, mas a rigor considera-se o início da música popular a partir do ano de 1550. Francisco de Vacas, morador da Capitania do Espírito Santo, foi nomeado provedor da Fazenda e juiz da Alfândega em 1550.Nascido em Portugal em 1530, morreu por volta do ano de 1590. Vacas foi considerado "o primeiro músico de renome e da maior importância na evolução da música popular brasileira". Ele foi citado por Duarte da Costa, em 1555, como "cantor eclesiástico e metido em confusões policiais, tendo inclusive agredido um aluno..."Era bandurrista , viola renascentista, em forma de oito, com cravelha própria.
Portugal deu ao Brasil, o sistema harmônica tonal, desconhecido dos índios , e as primeiras danças européias ( a dança de roda infantil, o reisado e o bumba-meu-boi, entre elas ). Além de ter trazido para cá os instrumentos como a flauta, o cavaquinho e o violão.
Trouxe também para cá o negro da África a partir de 1538. Com os negros, vieram novas danças (jongo, lundu, batuque e diversas outras) e a polirritmia. Aos outros instrumentos se somou o agogô, o ganzá, o agê , o xerê e outros.
Mas foram os jesuítas, os verdadeiros responsáveis pela mistura de influências, através da catequese da Companhia de Jesus. Ainda nesta mistura há outras influências como o espanhol (repertório gaúcho) e do francês ( cantos infantis ).

CHORO
A partir do século XVIII, os modinheiros encantavam a corte com sua melodias suaves e sentimentais. A modinha, de origem portuguesa , foi abrasileirada por gente como o mulato Domingos Caldas Barbosa, o maestro Carlos Gomes, Xisto Bahia, o padre negro José Maurício e , mais tarde Catulo da Paixão. A partir de 1870, nas reuniões musicais, os violões e cavaquinhos começaram a dar um tom abrasileirado às influências européias.
E surge o choro, como gênero. Os principais artistas desta fase de implantação e consolidação do choro como linguagem musical foram os cariocas JOAQUIM ANTONIO CALADO ( Flor Amorosa ), ERNESTO NAZARETH ( Oden, Apanhei-te Cavaquinho ) e Chiquinha Gonzaga ( Atraente, Lua Branca ).
Outros instrumentistas vieram se juntar a eles no início do século XX, tais como o virtuose da flauta PATAPIO SILVA, o mestre de banda ANACLETO DE MEDEIROS , o pianista paulista ZEQUINHA DE ABREU ( Tico - tico no Fubá ) e o violonista e compositor JOÃO PERNAMBUCO ( Sons de Carrilhões) E surge o choro, como gênero.
Os principais artistas desta fase de implantação e consolidação do choro como linguagem musical foram os cariocas JOAQUIM ANTONIO CALADO ( Flor Amorosa ), ERNESTO NAZARETH (Oden, Apanhei-te Cavaquinho) e CHIQUINHA GONZAGA ( Atraente, Lua Branca ).
Outros instrumentistas vieram se juntar a eles no início do século XX, tais como o virtuose da flauta PATAPIO SILVA, o mestre de banda ANACLETO DE MEDEIROS , o pianista paulista ZEQUINHA DE ABREU ( Tico - tico no Fubá ) e o violonista e compositor JOÃO PERNAMBUCO ( Sons de Carrilhões . PIXINGUINHA que era tenor, compositor, arranjador, saxofonista e flautista. Aos 20 anos, PIXINGUINHA já era autor de Rosa e Sofres porque Queres. Suas músicas,entre centenas: Carinhoso, Lamentos, 1X0, Ainda me recordo, Naquele tempo, Vou vivendo e Marreco quer água.
Surgem outros nomes como:
Turunas Pernambucanos, Bonfiglio de Oliveira ( pistão ), Luiz Americano ( clarinete ) , Abel Ferreira ( saxofone ), Altamiro Carrilho ( flauta transversal ), Waldir Azevedo ( cavaquinho ) , Garoto ( multi - instrumentista ), Luperce Miranda ( bandolim ), Jacob do Bandolim ( bandolim ), etc.
Os grupos de choro tinham uma estrutura harmônica típica de suporte, o que chamamos de regional: um cavaquinho no centro, um ou dois violões de base e um de sete cordas, um pandeiro e um ou dois instrumentos solistas.
Os mais famosos grupos foram os de Benedito Lacerda e Pixinguinha. Também o ÉPOCA DE OURO (com Jacob do Bandolim) e o de Claudionor Cruz.
Foi também nos anos 30 que surgiu, em João Pessoa, a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo. Uma orquestra de sonoridade jazzística que misturava uma típica big-band de textura americanizada (foxes e baladas) com o choro, sambas e frevos.
O choro ficou esquecido nas décadas de 50 e 70. Mas, a partir de 1975 o choro reviveu, surgindo novos grupos.
SAMBA
O samba é a própria identidade nacional brasileira. Desde 1870, o cruzamento de influências entre o lundu ( origem africana ), a polca, a habanera, o maxixe e o tango começou a produzir um tipo de música que tendia ritmicamente para o samba.
Nos fins do século XIX, costumava-se designar como samba as festas de dança de negros escravos. Foi nessa época que começaram a se tornar tradicionais as reuniões nas casas das velhas baianas que haviam emigrado para o Distrito Federal
E destas festas surgem os maiores talentos musicais da época: HEITOR DOS PRAZERES, PIXINGUINHA, DONGA, JOSÉ BARBOSA DA SILVA, JOÃO DA BAIANA e muitos outros.
Surgem novos nomes com os progressos do rádio e do disco. Além de Ismael Silva, Nilton Bastos, Armando Marçal surge FRANCISCO ALVES, como o mais importante cantor da época. Chamado "O REI DA VOZ ", foi durante duas décadas uma espécie de Gardel brasileiro. Sua morte num acidente automobilístico comoveu o país, nos anos 50.
Nos anos 30 surgem nomes como Henrique Foréis ( o Almirante ), Carlos Alberto Braga ( João de Barro ) e Noel Rosa, um menino com o queixo defeituoso e que largou da medicina para se tornar um dos maiores sambistas de todos os tempos. Rádio, música, samba e violão não eram atividades de gente decente, daí os apelidos.
Noel de Medeiros Rosa ( 1910 / 1937 ) deixou mais de 250 músicas em somente 7 anos como compositor. Começou a gravar aos 19 anos e morreu de tuberculose aos 26 anos.

De um encontro entre Noel e Ismael surge uma nova forma de fazer samba, que misturava o morro e a cidade. Noel contribuiu para uma estruturação do que podemos chamar de samba urbano, que influenciaria compositores como Ary Barroso ( Minas ), Dorival Caymmi ( Bahia ) e mais tarde Chico Buarque, Paulinho da Viola e Martinho da Vila.
Do Estácio surgem nomes como Ataulfo Alves, Wilson Batista e Geraldo Pereira.
Dos anos 30 aos anos 50, o samba experimentou outras nuances,com os nomes de Ary Barroso ( AQUARELA DO BRASIL ) e Dorival Caymmi e Moreira da Silva com o Samba-de-breque, propositalmente concebido com alguns "buracos " a serem preenchidos por um tipo malandro de improviso. A maior parte dos compositores não gravavam suas próprias músicas, ficando a cargo de cantos e intérpretes a divulgação de suas músicas. Temos então nomes como : MÁRIO REIS, ORLANDO SILVA, SILVIO CALDAS, CYRO MONTEIRO, ROBERTO SILVA, JAMELÃO, ARACY DE ALMEIDA, CARMEM MIRANDA E ELISETE CARDOSO.

No final dos anos 50, o samba já surge com uma nova vertente que é a BOSSA - NOVA . Neste período a juventude brasileira embarcou em duas viagens: uma na direção do ROCK e outra na direção do JAZZ e das preocupações existenciais e sociais. Nomes como Carlos Lyra e Sergio Ricardo entenderam que era preciso abrir um canal que ligasse a Bossa Nova ao samba. Esta ligação já começara a existir com CARTOLA, um dos fundadores da Mangueira, a mais tradicional de todas as escolas de samba cariocas. Com Cartola, outros veteranos, como Nelson Cavaquinho, voltam à cena.
No bar simples, no centro do Rio, com a boa cozinha de dona Zica, esposa de Cartola e os sambas de Cartola, surge o ZICARTOLA, espaço que proporcionou o aparecimento de uma nova geração de sambistas. Estes aproximaram o samba de acordes dissonantes e alterados, com sofisticações harmônicas influenciadas pelo Jazz norte-americano. Surgem nomes como Paulinho da Viola, Elton Medeiros , Martinho da Vila e Zé Keti.
Em 1964, Armando Costa, Vianninha e Paulo Pontes reuniram num único palco o espetáculo OPINIÃO, com a cantora NARA LEÃO, musa da Bossa Nova, o sambista Zé Keti e o maranhense João do Vale. Mais tarde Nara foi substituída pela estreante Maria Bethania ( irmã de Caetano Veloso ).
Nos anos 70, em meio a festivais de MPB, os talentos do Zicartola consolidaram suas carreiras. Novos nomes surgem beneficiados pela mídia: João Nogueira, Paulo César Pinheiro, Candeia, Nelson Sargento e Monarco. E novos intérpretes: Beth Carvalho, Alcione e os já falecidos Roberto Ribeiro e Clara Nunes.


BOSSA NOVA
CHEGA DE SAUDADE , João Gilberto, 1958. Foi considerado o início da Bossa Nova. Mas, muitas influências ocorreram para o despontar deste grande movimento. Por exemplo: o arranjo de Radamés Gnatalli para o samba COPACABANA, gravado por Dick Farney. As composições de Garoto, Johnny Alf e Dorival Caymmi. Os violões de Laurindo de Almeida e Valzinho. O elepê Canção de Amor Demais, de Elizeth Cardoso, com músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Foi no ano de 1957 e foi nele que se ouviu pela primeira vez a batida diferente do violão de João Gilberto.
A vida no Rio se deslocava para o beira mar, de Copacabana e Ipanema. E uma nova geração de autores e intérpretes reunia-se nos night-clubs de inspiração americana. DICK FARNEY, LÚCIO ALVES, JOHNNY ALF, JOÃO DONATO, MAYSA, RIBAMAR, SYLVIA TELLES , ANTONIO MARIA, TITO MADI, DOLORES DURAN, NORA NEY E DÓRIS MONTEIRO.
Depois do 78 rpm CHEGA DE SAUDADE, João Gilberto gravou 3 elepês que definiriam o receituário estético do movimento. Segundo Caetano Veloso, aprendemos ali a "pra sempre ser desafinados".
Neste primeiro momento, Bossa Nova eram os compositores Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Luiz Bonfá, Ronaldo Bôscoli, Marcos e Paulo Sergio Valle, Sergio Ricardo e Durval Ferreira, os cantores João Gilberto, Sylvia Telles e Nara Leão e Astrud Gilberto e músicos como Luizinho Eça , Tenório Jr. e Maurício Einhorm. Mas, logo surgiram novos nomes como: Johnny Alf, Leny Andrade, Jorge Ben, Wilson Simonal, Paulinho Nogueira, Quarteto Novo ( de Hermeto Paschoal ), os Cariocas, Sergio Mendes , o coreógrafo americano Lennie Dale e o modinheiro e comediante Juca Chaves. Outros talentos se somaram: Aloysio de Oliveira lançou os primeiros trabalhos de Edu Lobo, Baden Powell, Nana Caymmi e Maria Bethania. Surge em 1966, Chico Buarque de Holanda.
O surgimento de Elis Regina e a proliferação de trios à semelhança de Tamba ( piano, baixo e bateria ), com Luiz Eça, Bebeto e Ohana, depois Helcio Milito, como o Zimbo Trio ( Amilson Godoy, Rubens Barsotti e Luiz Chaves ), Sambalanço ( liderado por Cesar Camargo Mariano ), Bossa Três e dezenas de outros, abriram as portas da televisão para a Bossa Nova. Os programas O FINO DA BOSSA e DOIS NA BOSSA confirmavam o acerto da parceria TV - BOSSA NOVA, que desaguaria no período dos festivais de MPB, onde se afirmaram nomes como MIILTON NASCIMENTO, GERALDO VANDRÉ, CAETANO VELOSO, GILBERTO GIL, DORI CAYMMI, GONZAGUINHA, EGBERTO GISMONTI, IVAN LINS, SERGIO SAMPAIO, RAUL SEIXAS, ALDIR BLANC, MARIA ALCINA, GUTEMBERG GUARABIRA, JARDS MACALÉ, CAPINAN, NELSON MOTTA, TOQUINHO, PAULINHO DA VIOLA E DANILO CAYMMI, entre tantos compositores e intérpretes.
(Desconheço o autor)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cores

O MUNDO FANTÁSTICO DAS CORES

Todo o universo é uma festa maravilhosa de cores. Num campo florido é possível ver uma variedade infinita de formas e cores, estas aparecendo em variadas tonalidades.
No estudo das cores, os gregos parecem ter sido os que primeiro se preocuparam com o fascinante enigma da cor. Já personificavam Íris, mensageira ocasional de Zeus, num luminoso arco-íris mediterrâneo. Sempre que o arco-íris aparecia, achavam que era Íris, vinda do Olimpo com boas notícias mandadas por Zeus.
Muitos séculos mais tarde, surge o gênio de Sir Isaac Newton (1642-1727), filósofo e matemático inglês, explicando aos homens por que o mundo é colorido. Ele descobriu que a luz solar pode decompor-se em vivas e intensas cores. Basta, para isso, fazer passar um raio de luz solar por um prisma triangular de cristal. Ao passar por esse prisma, a luz solar se desdobra em sete cores diferentes: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
A esse conjunto de raios coloridos, resultantes da decomposição da luz do sol, dá-se o nome de ESPECTRO SOLAR.
Outra interessante experiência de Isaac Newton é a da reconstituição da luz branca. Ele construiu um disco de papel dividido em sete setores. Cada setor foi pintado com uma das cores do espectro solar. Girando com rapidez o disco, as cores, ao mesmo tempo que excitariam os olhos, dariam a impressão de um disco branco, reconstituindo-se, desse modo, a cor branca da luz solar.

As cores do mundo: a cor de um objeto

A luz produz certas impressões aos nossos olhos, conforme a sua própria natureza ou segundo o modo pelo qual os corpos a refletem. Essa impressão é o que chamamos de COR.
É, portanto, através da luz que conseguimos ver a cor de um objeto.
Quando a luz do sol incide sobre um objeto, alguns dos raios coloridos que a compõem são absorvidos pelo objeto, enquanto os restantes são refletidos.
ABSORVER quer dizer consumir, esgotar, chupar. Um papel mata-borrão absorve a água, isto é, chupa a água.
REFLETIR significa reproduzir, retroceder, fazer voltar. Os RAIOS REFLETIDOS tornam coloridos os objetos que os refletem.
Assim, um objeto é azul quando ABSORVE todas as cores do espectro solar , menos o azul, ele REFLETE o azul.
Uma flor é amarela porque reflete os raios amarelos da luz branca, absorvendo os raios das cores restantes.
Isto quer dizer que A COR DE UM OBJETO DEPENDE DO RAIO QUE ELE REFLETIR.
Um objeto será preto se não refletir nenhuma parte dos raios luminosos da luz branca, mas absorver todos; será branco o objeto que refletir todas as radiações da luz.
Isto explica porque no calor preferimos as roupas claras. É que elas, refletindo melhor os raios solares, fazendo-os retroceder, são mais frescas. Ao contrário, as roupas escuras, porque absorvem melhor os raios solares, tornam-se mais quentes e são preferidas no tempo de frio.

As cores da natureza: por que o céu é azul?

Na natureza, a luz solar é refletida e difundida pela atmosfera, de tal modo que as cores se apresentam sob as mais variadas formas.
O ar atmosférico que nos cerca detém os raios azuis e violetas que dão a coloração azul do céu. Os raios vermelhos e amarelos nos chegam mais facilmente e criam colorações alaranjadas que vemos no amanhecer e no entardecer. São esses raios que douram ou amorenam os corpos de pessoas que a eles se expõem nas praias, durante os dias claros de verão.
Se observarmos uma paisagem qualquer ─ urbana ou rural ─ veremos que as cores dos objetos e dos seres vão diminuindo de intensidade à medida que esses objetos e seres vão ficando mais distantes. Notaremos que suas cores vão ficando cada vez mais fracas até se confundir numa só cor: o azul acinzentado. Isto se dá pela interposição das camadas de ar que constituem a atmosfera entre os objetos e os nossos olhos. Como já foi dito, a atmosfera detém os raios azuis e violetas. Portanto, quanto mais longe estiver um objeto e os nossos olhos, fazendo com que o azul do ar vá aos poucos predominando sobre a cor natural dos objetos ou seres.


GRAMÁTICA DA COR

As cores quanto à sua natureza

Podemos perceber a s cores:

1. através da emissão de um raio luminoso. Temos então a cor-luz;
2. através de um pigmento. Temos então a cor-pigmento (tinta)

O pigmento de uma cor é a sensação particular que essa cor produz em nossa vida. Assim, ao olharmos para um objeto, podemos dizer que a sua pigmentação é azul ou amarela, conforme a sensação de azul ou amarelo que a sua contemplação nos provoque. O olho humano pode distinguir, no conjunto de todas as cores, 160 pigmentos diferentes.

As Cores Primárias

Os pintores sabem que com três cores apenas  vermelho, amarelo e azul  é possível conseguir todas as outras cores. Por isso, basta que se mistures convenientemente os pigmentos dessas três cores.
Foi esse conhecimento prático, sabido e utilizado há muitos séculos , que serviu de base para a elaboração da teoria das cores primárias.
Cores primárias são aquelas que têm um pigmento-padrão definido e que podem formar todas as outras cores do espectro solar, através de uma combinação conveniente de duas delas, ou seja, são as cores que, misturadas, produzem todas as outras.

As Cores Secundárias ou Binárias

Duas cores primárias, consecutivas e combinadas em partes iguais, formam uma terceira cor, uma cor secundária ou binária. Assim, são cores secundárias:

1. ALARANJADO – combinação de vermelho + amarelo em partes iguais.
2. VERDE – combinação de amarelo + azul em partes iguais.
3. VIOLETA ou ROXO – combinação de vermelho + azul em partes iguais.

Cores Terciárias

Tomando as cores secundárias e combinando-as duas a duas em partes iguais, obteremos as cores terciárias:

1. CASTANHO ou CAMURÇA (também chamado de MARROM AVERMELHADO) – combinação de alaranjado + violeta em partes iguais.
2. AZEITONADO ou CITRINO – combinação de alaranjado + verde em partes iguais.
3. ARDÓSIA ou ACINZENTADO – combinação de verde + violeta em partes iguais.

Cores Neutras

Há cores que combinam com qualquer cor fundamental e de um modo geral são indefinidas. Por isso, dizemos que são CORES NEUTRAS.
São elas: o branco, o preto e o cinza.



O Círculo de Newton

As artes e as indústrias estudam assiduamente os diversos efeitos produzidos pela associação das cores, pois desses efeitos de associação dependem a perfeição das obras de arte e a aceitação dos produtos industriais.
Os efeitos mais simples  suave e violento  podem ser obtidos com a ajuda do círculo de Newton, assim chamado em homenagem ao notável inglês. Nele podemos ver o desenvolvimento da obtenção das cores a partir das três cores primárias.
Na parte interna ficam as cores primárias; na intermediária, as secundárias e na externa, as cores terciárias.

Efeito Violento

Destinados a chamar a atenção (cartazes, decorações exóticas, sinalização de trânsito etc.), os efeitos violentos são obtidos pela associação de uma cor primária com uma secundária oposta: vermelho e verde; azul e alaranjado; amarelo e roxo.

Efeito Suave

Destinados a produzir sensações brandas (vitrais, papel pintado, decorações de interiores etc.), os efeitos suaves se obtêm pela associação de todas as cores resultantes da combinação de uma cor primária.
Exemplo: vermelho:  violeta, alaranjado, castanho (o vermelho é a cor primária, o violeta e o alaranjado são secundárias resultantes do vermelho e o castanho é a cor terciária resultante de alaranjado + violeta).

Influência psicológica das cores

As cores podem influenciar nossa mente através das diferentes sensações que provocam, conforme a sua intensidade e o seu pigmento.
Assim:

VERMELHO  lembra o entusiasmo e o seu dinamismo nos dá as sensações da violência e da paixão.
AMARELO  cor vitalizante e tônica, age contra a tristeza.
VERDE  lembra a tranqüilidade, a calma, a natureza e nos provoca o repouso.
AZUL  uma das cores mais eficazes à tranqüilidade da mente e, geralmente, elimina as idéias fixas.
ALARANJADO  cor estimulante, elimina a indecisão e provoca o arrojo, a aventura, vencendo a timidez.

Gradação de Valores

Cores Quentes e Cores Frias

As cores possuem seus próprios valores cromáticos e o seu valor de intensidade luminosa permite distingui-las entre si.
Deste modo, podemos classificar as cores em quentes e frias.
As cores quentes lembram o fogo, a chama, o sol. São mais vivas e alegres. Transmitem o arrojo, a aventura, a paixão. São o amarelo, o laranja e o vermelho.
As cores frias são mais escuras e tristes; lembram a calma, o repouso, o misticismo. Transmitem tranqüilidade. São o verde, o azul e o violeta.




Tom

Chamamos TOM de um,a cor à mudança obtida através da adição do preto ou do branco a essa cor, resultando assim uma aparência mais clara ou mais escura. Portanto, podemos dizer que o TOM é, também, o grau de aproximação de uma cor para o preto ou para o branco.
Daí resulta a distinção de TOM:

a)- quanto à intensidade  quando depende da quantidade de preto adicionada à cor.
b)- quanto à saturação  quando depende da quantidade de branco adicionada à cor.

Nuança ou Matiz

O verde misturado ao amarelo ou ao azul, que são suas cores vizinhas, seguindo certa proporção, produzirá o verde-amarelado (verde + amarelo) ou verde-azulado (verde + azul). Assim, obtém-se a nuança ou o matiz. Nuança ou matiz, portanto, é a variação da cor quando misturada a outra cor próxima.

Combinação das Cores – Harmonia

Quando combinamos cores e obtemos um conjunto agradável aos nossos olhos, dizemos que as cores combinadas estão em harmonia.
Harmonia é, portanto, a justa combinação entre duas ou mais cores.
De acordo com a técnica da pintura, estas são as principais maneiras de combinar as cores:

1. MONOCROMIA (harmonia monocromática)  harmonia conseguida por penas uma cor, que é aplicada exclusivamente com o auxílio de tons. Esses tons podem ser de intensidade ou saturação (escuros ou claros), ou ambos conjuntamente.
As colorações assim obtidas são também chamadas de pinturas em tom sobre tom.

2. ISOCROMIA (harmonia das cores vizinhas)  representação com uma cor e suas nuanças ou matizes (a cor escolhida combinada com as vizinhas).
Tomando-se, por exemplo, o amarelo como cor predominante, deve-se tomar as suas nuanças (amarelo-esverdeado e amarelo-alaranjado) para colorir o trabalho em isocromia.
Este tipo de harmonia é muito usado na decoração de interiores e na maioria dos trabalhos de composição decorativa.

3. CONTRASTE DAS CORES OPOSTAS  tipo de harmonia em que as cores se valorizam mutuamente, por serem opostas no círculo de Newton. Uma é o complemento da outra.
Nos cartazes, os letreiros são pintados em cores opostas à cor que foi usada como “fundo”. Essa técnica permite a fácil leitura das palavras.
O mesmo tipo de harmonia se emprega no branco e preto, pois são opostas cromaticamente. O preto, por sua vez, valoriza qualquer cor que lhe esteja próxima.

4. POLICROMIA  representação feita com o emprego de todas as cores ou, pelo menos, com o emprego irrestrito de diversos pigmentos.
São exemplos de policromia as telas dos grandes pintores, as fotografias e os filmes coloridos.


Observação: Em qualquer uma das harmonias acima estudadas, podemos usar uma das cores neutras, obtendo assim os mais sugestivos efeitos modernos em matéria de decoração.

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Bibliografia


ABRAHÃO, Luz M. & GONÇALVES, Aurélio T.& MELO, Everardo in Integrando as Artes, vol. 3, Companhia editora Nacional, São Paulo, SP.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

Texto para o 8º Ano

Cartas a Théo

Maio de 1890

Fiz duas telas da relva fresca no parque, uma das quais é de uma simplicidade extrema. Veja o rápido esboço.
Um tronco de pinheiro violeta-rosado e a seguir a relva com flores brancas e dentes-de-leão, uma pequena roseira e outros troncos de árvores ao fundo, bem em cima da tela. Estando lá fora estou certo de que a vontade de trabalhar me devorará e me tornará insensível a todo o resto, e de bom humor.
E eu me deixarei ir não sem reflexão, mas sem insistir em lamentar coisas que poderiam ter acontecido. Dizem que na pintura não se deve procurar nada, nem nada esperar, além de um bom quadro e uma boa conversa e um bom jantar como felicidade máxima, sem contar os incidentes menos brilhantes. Talvez seja verdade, e por que recusar-se a aceitar o possível, sobretudo se assim fazendo enganamos a doença?

Vincent van Gogh
Cartas a Théo. Porto Alegre, L&PM, 2002.
Coleção Rebeldes Malditos

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Atenção 7º A e B

Trem Das Cores
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso

A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
FicandoPra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial

Texto de Arte para o 1º Ano do Ensino Médio

HISTÓRIA DA ARTE

DA PRÉ-HISTÓRIA À ARTE CONTEMPORÂNEA

Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas.
Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848 consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-Moderna. Porém, há uma opção dos historiadores pesquisados por apresentar a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerá-la mais didática.

ARTE PRÉ-HISTÓRICA
Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Naturalismo
· Pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são:
Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902.
Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês.
Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em 1994.
Gruta de RODÉSIA, África, com mais de 40.000 anos.
Ausência de figuras masculinas.
Predomínio de figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Destaca-se: Vênus de Willendorf.
Ao deixar de ser nômade, surge um estilo simplificador e geometrizante, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva.
Construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical.
IDADE ANTIGA
ARTE EGÍPCIA
Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
ARQUITETURA* solidez e durabilidade; * sentimento de eternidade; e * aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso. ESCULTURA
· Baixo relevo.
· Representação dos deuses e faraós, sem demonstrar emoção, em posição serena para representar imortalidade.
· Exagero nas proporções da figura humana para dar a ilusão de força e majestade

PINTURA

A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.
Ausência de três dimensões.
Ignorância da profundidade.
Colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo.
Lei da Frontalidade, que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Representação das pessoas com maior importância no reino em tamanho maior, geralmente nesta ordem: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo.
As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.

ARTE GREGA
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
· Busca constante da perfeição.
· Arte de elaboração intelectual.
· Predomínio do ritmo, equilíbrio e harmonia ideal.
· Racionalismo.
· Amor pela beleza.
· Interesse pelo homem.
· Democracia.
ARQUITETURA
As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. Sobre o degrau mais elevado eram erguidas as colunas.
Os principais monumentos da arquitetura grega:
a) Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária.
b) Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores.
c) Ginásios, edifícios destinados à cultura física.
d) Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia.

PINTURA

A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega.
A pintura grega se divide em três grupos:
1) figuras negras sobre o fundo vermelho 2) figuras vermelhas sobre o fundo negro 3) figuras vermelhas sobre o fundo branco
ESCULTURA
A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento, como pode ser comprovado na escultura Discóbolo (Homem arremessando disco), de Miron.
CURIOSIDADES
Mitologia: Zeus: senhor dos céus; Atenéia: deusa da guerra; Afrodite: deusa do amor; Apolo: deus das artes e da beleza;
Posseidon: deus das águas; entre outros.
Olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada 4 anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo.
Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais famosas: Édipo Rei de Sófocles.
Música: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional.

ARTE ROMANA

A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza.Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções.ARQUITETURAAs características gerais da arquitetura romana são:* busca do útil imediato, senso de realismo;* grandeza material, realçando a idéia de força;* energia e sentimento;* predomínio do caráter sobre a beleza;* originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro (Coliseu), termas.

MONUMENTOS DECORATIVOS

Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiralque possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.

PINTURAO Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral.
Recobriam as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
Mais tarde, os artistas começaram a pintar painéis que:
· Criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
· Tinham representações fiéis à realidade e valorizavam a delicadeza dos pequenos detalhes.
· Pintados com um fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.

ESCULTURAOs romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade.Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos.

ARTE PALEOCRISTÃ

Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.Surge a arte cristã primitiva.
Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e uma nova filosofia.Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado e teve início um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitaram sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios.
Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a fase catacumbária, que recebe este nome devido às catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma, onde os primeiros cristãos secretamente celebravam seus cultos.Nesses locais, a pintura é simbólica: peixe, pastor, iniciais de paravras, cordeiro.
ARTE BIZANTINA

Com a mudança da capital do Império Romano para Bizâncio, mais tarde Constantinopla, surge o primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina. Graças a sua localização (Constantinopla) a arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor. Utilizavam-se do mosaico, com figuras representadas de frente e verticalizadas; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é bastante utilizado.
A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados. Exemplo: Igreja de Santa Sofia, localizada na hoje Istambul. grande cúpula.
Embora a igreja tenha perdido a maior parte da decoração original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, há uma beleza natural na sua magnificência espacial e nos jogos de sombra e luz - um claro-escuro admirável- quando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior".
IDADE MÉDIA
ARTE ROMÂNICA
Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o período histórico conhecido por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes na época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano, com o Cristianismo a arte se voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo e a medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha poderes ilimitados.
ARQUITETURA
No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos.
As características mais significativas da arquitetura românica são:

abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
pilares maciços que sustentavam e das paredes espessas;
aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e
arcos que são formados por 180 graus.

A pintura e escultura são encaradas como complemento da arquitetura. A pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida. Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza. Na escultura há a imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais.
ARTE GÓTICA

No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução profunda na arte de projetar e construir grandes edifícios.

ARQUITETURA

A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso a três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.
A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas.
A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.
Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que filtram a luminosidade para o interior da igreja.
As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.
ESCULTURA
As esculturas estão ligadas à arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando verticalidade, alongamento exagerado das formas, e as feições são caracterizadas de formas a que o fiel possa reconhecer facilmente a personagem representada, exercendo a função de ilustrar os ensinamentos propostos pela igreja..
ILUMINURA
Iluminura é a ilustração sobre o pergaminho de livros manuscritos, ilustrados, patrimônio quase exclusivo dos mosteiros, onde iluministas ilustravam cenas da Bíblia e Evangelhos. Os copistas dedicavam-se à transcrição dos textos sobre as páginas. Ao realizar essa tarefa, deixavam espaços para que os artistas fizessem as ilustrações, os cabeçalhos, os títulos ou as letras maiúsculas com que se iniciava um texto..
PINTURA
A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no início do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura o realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas, quase sempre tratando de temas religiosos, apresentava personagens de corpos pouco volumosos, cobertos por muita roupa, com o olhar voltado para cima, em direção ao plano celeste.
IDADE MODERNA
RENASCIMENTO
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.

Características gerais:
* Racionalidade * Dignidade do Ser Humano * Rigor Científico * Ideal Humanista * Reutilização das artes greco-romana
ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
Principais características:
* Ordens Arquitetônicas * Arcos de Volta-Perfeita * Simplicidade na construção * A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas * Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares).
PINTURA
Principais características:
* Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.
* Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
* Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
* Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
* Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
* Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.
Os principais pintores foram: Botticelli - Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
Leonardo da Vinci - Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
Michelângelo - Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
Rafael - Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
ESCULTURA
Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá.
Principais Características:
* Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade * Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade * Profundidade e perspectiva * Estudo do corpo e do caráter humano

O BARROCO

Origem – Itália (séc.XVII) época de conflitos espirituais e religiosos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Ruptura do equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência
Predomínio das emoções
Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
Violentos contrastes de luz e sombra;
Pintura com efeitos ilusionistas, através da profundidade;
Tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.

ARTISTAS PRINCIPAIS:

Michelangelo Merisi Caravaggio, Andrea Pozzo, Diego Rodriguez de Silva Velázquez, Peter Paul Rubens, Rembrandt Hermans van Rijn, Gian Lorenzo Bernini.

O ROCOCÓ

Origem: França – desdobramento do Barroco, porém mais leve.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores.
Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberância.
Uso de tons pastéis.
Leveza, graça e intimidade nos espaços internos.
Temas: cenas eróticas ou galantes da vida cortesã e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.
Na França, também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.

ARTISTAS PRINCIPAIS:

Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772); Ignaz Günther, (1725-1775); Antoine Watteau, (1684-1721); François Boucher, (1703-1770); Jean-Honoré Fragonard , (1732-1806)

ARTE CONTEMPORÂNEA
O NEOCLASSICISMO

Final do séc. XVIII, início do séc. XIX

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

Retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos.
Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes
Arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.
Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante.
Exatidão nos contornos
Harmonia do colorido

ARTISTAS PRINCIPAIS:

Jacques-Louis David; Jean-Auguste-Dominique Ingres




O ROMANTISMO

Contexto Histórico: conseqüências das Revoluções Industrial e Francesa; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

· A valorização dos sentimentos e da imaginação.
· O nacionalismo.
· A valorização da natureza como princípios da criação artística.
· Os sentimentos do presente tais como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
· Aproximação das formas barrocas.
· Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador
· Valorização das cores e do claro-escuro.
· Dramaticidade


ARTISTAS PRINCIPAIS:

Francisco Goya; Joseph Mallord William Turner; Ferdinand Victor Eugène Delacroix.

O REALISMO

Segunda metade do séc. XIX.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
· O cientificismo.
· A valorização do objeto.
· O sóbrio e o minucioso.
· A expressão da realidade e dos aspectos descritivos.
· Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja o pintor buscava representar o mundo de maneira documental.
· Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é.
· Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade.

Temas:

• Politização
• Pintura social denunciando as injustiças e desigualdades.

ARTISTAS PRINCIPAIS:

Auguste Rodin; Gustave Courbet; Jean-François Millet.

Curiosidade:
Em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz".


O IMPRESSIONISMO

Movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
· A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
· As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
· As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
· Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
· As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.

ARTISTAS PRINCIPAIS:

Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas, Georges Pierre Seurat, Eliseu Visconte (brasileiro)


O EXPRESSIONISMO

O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar
o sentimento. Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

· pesquisa no domínio psicológico;
· cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
· dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
· pasta grossa, martelada, áspera;
· técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
· preferência pelo patético, trágico e sombrio

OBSERVAÇÃO: Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam levá-los mais longe. Os três primeiros pintores abaixo estão incluídos nessa designação.

ARTISTAS PRINCIPAIS:

Vicent Van Gogh (1853-1890), Paul Gauguin (1848-1903), Paul Cèzanne (1839-1906), Toulouse-Lautrec (1864-1901), Edvard Munch (1863-1944), Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Paul Klee (1879-1940), Amadeo Modigliani (1884-1920), Cândido Portinari (Brasileiro).

O FAUVISMO

Os princípios deste movimento artístico eram:

· Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos.
· Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias.
· A cor pura deve ser exaltada.
· As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

· Pincelada violente, espontânea e definitiva;
· Ausência de ar livre;
· Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;
· Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
· Pintura por manchas largas, formando grandes planos;

ARTISTAS PRINCIPAIS:

Maurice De Vlaminck (1876-1958), André Derain (1880-1954), Henri Matisse (1869-1954), Raoul Dufy (1877-1953).
O CUBISMO
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.
O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.
Principais características:
· geometrização das formas e volumes;
· renúncia à perspectiva;
· o claro-escuro perde sua função;
· representação do volume colorido sobre superfícies planas;
· sensação de pintura escultórica;
· cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.
O cubismo se divide em duas fases:
Cubismo Analítico - (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.
Cubismo Sintético - (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis.
ARTISTAS PRINCIPAIS:
Pablo Picasso (1881-1973) – algumas obras e frases: Les Demoiselles d’Avignon, Guernica; "A obra de um artista é uma espécie de diário. Quando o pintor, por ocasião de uma mostra, vê algumas de suas telas antigas novamente, é como se ele estivesse reencontrando filhos pródigos - só que vestidos com túnica de ouro."; "A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade". Georges Braque - (1882-1963), Tarsila do Amaral - (1886 - 1973), Rego Monteiro - (1899-1970).
O FUTURISMO
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
· Nova beleza: a velocidade
· Adesão à máquina
· Interpenetração dos objetos a um só tempo ou vários tempos no mesmo espaço.
· Aceitação e exaltação da tecnologia.
· Registro da velocidade através das figuras em movimento no espaço.
ARTISTAS PRINCIPAIS:
Giacomo Balla, Carlo Carra (1881-1966), Umberto Boccioni (1882-1916)
A PINTURA METAFÍSICA
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
· Impressão de mistério.
· Efeitos de luzes misteriosas.
· Sombras sedutoras.
· Cores ricas e profundas.
· Plástica despojada e escultural.
· Inspiração na Metafísica.
A pintura deve criar um impressão de mistério, através de associações pouco comuns de objetos totalmente imprevistos, em arcadas e arquiteturas puras, idealizadas, muitas vezes com a inclusão de estátuas, manequins, frutas, legumes, numa transfiguração toda especial, em curiosas perspectivas divergentes. A pintura metafísica explora os efeitos de luzes misteriosas, sombras sedutoras e cores ricas e profundas, de plástica despojada e escultural. Tem inspiração na Metafísica, ciência que estuda tudo quanto se manifesta de maneira sobrenatural.
ARTISTAS PRINCIPAIS:
Giorgio De Chirico (1888-1978), Giorgio Morandi (1890-1964).
O DADAÍSMO
Formado em 1916 em Zurique por jovens franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países, teriam sido convocados para o serviço militar, o Dada foi um movimento de negação. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades, exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na guerra.
Fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. A palavra Dada foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem infantil "cavalo de pau". Esse nome escolhido não fazia sentido, assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
· Movimento de negação, protesto contra a guerra.
· Expressão das decepções com as ciências, religião e filosofia.
· Perda do sentido da arte da irracionalidade da guerra.
· Arte solta das amarras racionalistas.
· Resultado do automatismo psíquico, selecionando e combinando elementos por acaso.
· Negação total da cultura.
· Defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos.
· Politicamente , firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra.
ARTISTAS PRINCIPAIS:
Marcel Duchamp (1887-1968), François Picabia (1879-1953), Max Ernest (1891-1976), Man Ray (1890-1976).
O ABSTRACIONISMO
A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.
O Abstracionismo apresenta várias fases, desde a mais sensível até a intelectualidade máxima.Informalismo, predominam os sentimentos e emoções. As cores e as formas são criadas livremente. Na Alemanha surge o movimento denominado "Der blaue Reiter" (O Cavaleiro Azul) cujos fundadores são os Kandinsky, Franz Marc entre outros. Uma arte abstrata, que coloca na cor e forma a sua expressividade maior. Estes artistas se aprofundam em pesquisas cromáticas, conseguindo variações espaciais e formais na pintura, através das tonalidades e matizes obtidos. Eles querem um expressionismo abstrato, sensível e emotivo. Com a forma, a cor e alinha, o artista é livre para expressar seus sentimentos interiores, sem relacioná-los a lembrança do mundo exterior. Estes elementos da composição devem Ter uma unidade e harmonia, tal qual uma obra musical.
Principais Artistas:
FRANZ MARC (1880-1916), pintor alemão, WASSILY KANDINSKY (1866-1944), pintor russo.
Suprematismo, é uma pintura com base nas formas geométricas planas, sem qualquer preocupação de representação. Os elementos principais são: retângulo, círculo, triângulo e a cruz. O manifesto do Suprematismo, assinado por Malevitch e Maiakovski, poeta russo, foi um dos principais integrantes do movimento futurista em seu país, defendia a supremacia da sensibilidade sobre o próprio objeto. Mais racional que as obras abstratas de Kandisky e Paul Klee, reduz as formas, à pureza geométrica do quadrado. Suas características são rígidas e se baseiam nas relações formais e perceptivas entre a forma e a cor. Pesquisa os efeitos perceptivos do quadrado negro sobre o campo branco, nas variações ambíguas de fundo e forma.
Principal Artista:KAZIMIR MALEVITCH (1878-1935), pintor russo.
Neoplasticismo, onde as cores e as formas são organizadas de maneira que a composição resulte apenas a expressão de uma concepção geométrica. Resulta às linhas verticais e horizontais e às cores puras (vermelho, azul e amarelo). O ângulo reto é o símbolo do movimento, sendo rigorosamente aplicado à arquitetura.
Principal Artista:PIET MONDRIAN (1872-1944), pintor holandês.
Action Painting ou pintura de ação gestual, criada por Jackson Pollock nos anos de 1947 a 1950 faz parte da Arte Abstrata Americana. Em 1937, fundou-se nos Estados Unidos, a Sociedade dos Artistas Abstratos. O abstracionismo cresce e se desenvolve nas Américas, chegando à criação de um estilo original.
Características da Pintura:
· Compreensão da pintura como meio de emoções intensas.
· Execução cheia de violenta agressividade, espontaneidade e automatismo.
· Destruição dos meios tradicionais de execução - pincéis, trincha, espátulas, etc.
· Técnica: pintura direta na parede ou no chão, em telas enormes, utilizando tinta à óleo, pasta espessa de areia, vidro moído.

Principal Artista:
JACKSON POLLOCK (1912-1956), pintor americano, introduziu nova modalidade na técnica, gotejando (dripping) as tintas que escorrem de recipientes furados intencionalmente, numa execução veloz, com gestos bruscos e impetuosos, borrifando, manchando, pintando a superfície escolhida com resultados extraordinários e fantásticos, algumas vezes realizada diante do público. Desenvolveu pesquisas sobre pintura aromática. Nos últimos trabalhos nessa linha, o artista usou materiais como pregos, conchas e pedaços de tela, misturavam-se às camadas de tinta para dar relevo à textura. Usou freqüentemente tintas industriais, muitas delas usadas na pintura de automóveis.

O SURREALISMO
Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estéticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade.
O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
· Representação do irracional e do subconsciente.
· Origens dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico.
· Imaginação manifesta livremente,o que vale é o impulso psíquico.
· Penetração no mundo irreal.
· Aproximação do fantástico.
· Imagens oníricas.
· Inspiração na psicanálise freudiana.
· Apresenta relações com o Futurismo e o Dadaísmo.
ARTISTAS PRINCIPAIS:
Salvador Dali, Joan Miró.
A POP ART
Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
· Raízes no Dadaísmo.
· Uso dos símbolos e produtos do mundo da propaganda.
· Volta a uma arte figurativa.
· Iconografia:da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade.
· Crítica irônica ao bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo.
· Reprodução de objetos do cotidiano.
· Cores intensas, brilhantes e vibrantes.
· Transformação do que era considerado vulgar, em refinado.
· Aproximação da arte das massas, desmistificando a arte para poucos. 108
ARTISTAS PRINCIPAIS:
Robert Rauschenberg (1925), Roy Lichtenstein (1923-1997), Andy Warhol (1927-1987).
A OP ART
A expressão “op-art” vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
· Arte excessivamente cerebral e sistemática.
· Mais próxima das ciências do que das humanidades.
· Possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.
ARTISTAS PRINCIPAIS:
Alexander Calder (1898-1976) - Criou os móbiles associando os retângulos coloridos das telas de Mondrian à idéia do movimento. Os seus primeiros trabalhos eram movidos manualmente pelo observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se mantivesse as formas suspensas, elas se movimentariam pela simples ação das correntes de ar. Embora, os móbiles pareçam simples, sua montagem é muito complexa, pois exige um sistema de peso e contrapeso muito bem estudado para que o movimento tenha ritmo e sua duração se prolongue.
Victor Vassarely - criou a plástica cinética que se funda em pesquisas e experiências dos fenômenos de percepção ótica. As suas composições se constituem de diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes excitações ou acomodações retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição. O geometrismo da composição, ao qual não são estranhos efeitos luminosos, mesmo quando em preto e branco, parece obedecer a duas finalidades. Sugerir facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade, como diz o artista; por outro lado, solicitar ou exigir a participação ativa do contemplador para que a composição se realize completamente como "obra aberta".
O GRAFITE
Definido por Norman Mailler como "uma rebelião tribal contra a opressora civilização industrial" e, por outros, como "violação, anarquia social, destruição moral, vandalismo puro e simples", o Grafite saiu do seu gueto - o metrô - e das ruas das galerias e museus de arte, instalando-se em coleções privadas e cobrindo com seus rabiscos e signos os mais variados objetos de consumo.
Características gerais:
· Spray art - pixação de signos, palavras ou frases de humor rápido, existe a valorização do desenho.
· Stencil art - o grafiteiro utiliza um cartão com formas recortadas que, ao receber o jato de spray, só deixa passar a tinta pelos orifícios determinados, valoriza-se a cor.
Principal artista:
Jean Michel Basquiat - (1960-1988)
No Brasil, destacam-se os artistas: Alex Vallauri, Waldemar Zaidler e Carlos Matuck, também se destacam artistas de vanguarda como: Os Gêmeos: Otávio e Gustavo, Boleta, Nunca, Nina, Speto, Tikka e T. Freak.
A INTERFERÊNCIA
Como a pintura já não é claramente definível e deixou de ser a única fornecedora de memoráveis imagens visuais. Alguns artistas interferem na paisagem, colocam cortinas, guarda-sóis, embrulhos em locais públicos.
Atualmente, ressaltamos Christo, o único artista que se destaca com suas interferências. Obras Destacadas: Cortina no Vale, Ponte Neuf (Paris) embrulhada para presente, Guarda-sóis colocados em um vale da Califórnia e mais recentemente o Reichstag ( Parlamento Germânico em 1988 - Berlim), que foi envolvido em tecido sintético com duração de duas semanas.

A INSTALAÇÃO

São ampliações de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala. É utilizada a pintura, juntamente com a escultura e outros materiais, para ativar o espaço arquitetônico. O espectador participa da obra e não somente a aprecia.

ARTE NAÏF
É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular.
Art naïf (arte ingênua) é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular.
Características gerais:
· Autodidatismo
· Técnicas rudimentares adquiridas de modo empírico
· Espontaneidade e liberdade de expressão
· Informalismo (ausência de aspectos formais acadêmicos, como composição, perspectiva e respeito às cores reais).
· Composição plana, bidimensional, tende à simetria e a linha é sempre figurativa.
· Não existe perspectiva geométrica linear.
· Pinceladas contidas com muitas cores.
Principal Artista:
Henri Rousseau (1844-1910).
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REFERÊNCIAS


MARTINS, Simone R.; IMBROISI, Margaret H. Disponível em: http://www.historiadaarte.com.br/linhadotempo.html, s.d. Acesso em 10 abril 2009

http://www.artcanal.com.br/oscardambrosio/artenaif.htm

http://www.google.com.br

Abertura

Oi alunos

Criei este blog para facilitar nossa comunicação. Agora será mais fácil encontrar um texto ou imagem interessante para enriquecer nossas aulas (assim, vocês não poderão mais reclamar que não encontraram o que eu sugeri, né?). Espero que realmente seja de grande valia esta nova forma de interação nas aulas de Arte.
Que este seja um ano bastante criativo e produtivo!
Beijo